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terça-feira, 24 de abril de 2012

OS ATRIBUTOS E PECULIARIDADES DA UMBANDA


É conveniente estabelecer e afirmar que as imagens muitas vezes existentes nos recintos das sessões da Linha Branca da Umbanda, não representam um contingente obrigatório do culto, pois são, apenas, permitidas, ou, antes, significam uma concessão dos guias, tornando-se, com frequência, necessárias para atender aos hábitos e predileções de muitíssimas pessoas e de muitíssimos espíritos.
Quando se coloca uma imagem num recinto de trabalho, celebra-se o seu cruzamento, cerimônia pela qual se estabelece a sua ligação
fluídica com as entidades espirituais responsáveis pelas reuniões.
Renova-se essa ligação automaticamente sempre que há sessão,
durante a qual a imagem se transforma em centro de grandes e belos
quadros fluídicos.
Encaremos, agora, o assunto principal deste escrito.
Linguagem – A Linha Branca de Umbanda tem um idioma
próprio, para regular os seus trabalhos, designar os seus atributos e
cerimônias, e evitar a divulgação de conhecimentos suscetíveis de uso
contrário aos seus objetivos caridosos. Em suas manifestações,
conversando entre si, os espíritos, para não serem entendidos pelos
assistentes, empregam o linguajar de cabildas africanas, de tribos
brasileiras, das regiões onde encarnaram pela última vez. No trato com
as pessoas, excetuados os grandes guias, usam da nossa língua
comum, deturpando-a a maneira dos pretos ou dos caboclos. Esses
trabalhadores do espaço desejam que os julguem atrasados, afim de
que os indivíduos que se reputam superiores e são obrigados a recorrer
à humildade de espíritos inferiores percebam e compreendam a sua
própria inferioridade.
Roupa – Usam-se, roupas brancas, para evitar o amortecimento e arritmia das vibrações, pelas diversidades de coloração. Pode-se acrescentar que os filhos de Umbanda aconselham o uso habitual dos tecidos claros, por que o branco reflete as boas vibrações.
Calçados – Trabalha-se com os pés descalços, pois os sapatos com
que andamos nas ruas pisam e afundam principalmente nas esquinas
em fluidos pesados que se agitam como gazes a flor do solo, e que
dificultam as incorporações ou se espalham pelo recinto da reunião,
causando perturbações.
Atitudes – Não se permite cruzar as pernas e os braços durante as
sessões, porque, essas atitudes quebram ou ameaçam violentamente a cadeia de concentração, impedem a evolução do fluido com que cada assistente deve contribuir para o trabalho coletivo; determinam, com essa retenção, perturbações físicas e até fisiológicas e impossibilitam a incorporação, quando se trata de um médium. Ao descer de certas falanges, como em alguns atos de descarga, sacode-se o corpo em cadência de embalo, na primeira hipótese, para facilitar a incorporação, e na segunda para auxiliar o desprendimento de fluidos que não nos pertençam.
Guia – É um colar de contas da cor simbólica de uma ou mais linhas.
Fica, mediante o cruzamento, em ligação fluídica com as entidades
espirituais das linhas que representa. Desvia, neutraliza ou enfraquece
os fluidos menos apreciáveis. Periodicamente, é lavado, nas sessões,
para limpar-se da gordura do corpo humano, bem como dos fluidos que
se aderiram, e é de novo cruzada.
Banho de Descarga – Cozimento de ervas para limpar o fluido pesado
que adere ao corpo, como um suor invisível. O banho de mar, em alguns
casos, produz o mesmo resultado.
Cachaça – Pelas suas propriedades, é uma espécie de desinfetante
para certos fluidos; estimula outros, os bons; atrai, pelas vibrações
aromáticas, determinadas entidades, e outros bebem-na quando
incorporados, em virtude de reminiscência da vida material.
Fumo – Atua pelas vibrações do fogo, e do aroma. A fumaça neutraliza
os fluidos magnéticos adversos. É freqüente ver uma pessoa curada de uma dor de cabeça ou aliviada do incomodo momentâneo de uma chaga, por uma baforada de fumaça de cigarro de palha ou cachimbo.
Defumador – Atua pelas vibrações do fogo, e do aroma, pela fumaça e
pelo movimento. Atrai as entidades benéficas e afasta as indesejáveis,
exercendo uma influência pacificadora sobre o organismo.
Ponto Cantado – É um hino muitas vezes incoerente, porque os
espíritos que nos ensinam, o compõem de modo a alcançar certos
efeitos no plano material sem revelar aspectos do plano espiritual. Tem,
pois, duplo sentido. Atua pelas vibrações, opera movimentos fluídicos e,
harmonizando os fluidos, auxilia a incorporação. Chama algumas
entidades e afasta outras.
Ponto Riscado – É um desenho emblemático ou simbólico. Atrai, com a
concentração que determina para ser traçado, as entidades ou falanges
a que se refere. Tem sempre uma significação e exprime, às vezes, muitas coisas, em poucos traços.
Ponteiro – É um punhal pequeno, de preferência com cruzeta na
manda, ou empunhadura. Serve para calcular o grau de eficiência dos
trabalhos, pois as forças fluídicas contrárias, quando não foram
quebradas, o impedem de cravar-se ou o derrubam, depois de firmado.
Tem ainda a influência do aço, no tocante ao magnetismo e a eletricidade.
Pólvora – Produz, pelo deslocamento do ar, os grandes abalos fluídicos.
Pemba – Bloco de giz. Usa-se para desenhar os pontos. Esses recursos e meios não são usados arbitrariamente em qualquer ocasião, nem são necessários nas sessões comuns. A pólvora, por exemplo, só deve ser empregada em trabalhos externos, realizados fora do Terreiro, se usada internamente deverá ser muito bem guiado pelo chefe do Terreiro.

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