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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO-VELHO

Num cantinho de um terreiro , sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um preto-velho chorava..
De "seus olhos" molhados, estranhas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porquê, contei-as ... Foram sete.
Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei.
- Fala, meu preto-velho, diz ao teu filho por que externas assim uma tão visível dor?
E ele, suavemente respondeu:
- Estás vendo esta multidão que entra e sai?
As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas.
- A Primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vêm em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
- A Segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.
- A Terceira, distribuí aos maus, aqueles que somente procuram a UMBANDA, em busca de
vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.
- A Quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma, força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.
- A Quinta, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio na UMBANDA, nos teus pretos-velhos, nos caboclos e no teu Zâmbi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.
- A Sexta, eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.
- A Sétima, filho, notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos "Olhos" de todos os Orixás. Fiz doação dessas aos Médiuns vaidosos(as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam às doutrinas, esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.
Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma.

POR QUE TIRAR O SAPATO NA HORA DE ENTRAR NO TERREIRO?

Nós, umbandistas, consideramos o terreiro e congá, um lugar imantado, Sagrado, onde
foram fixadas certas forças ou vibrações positivas, que deve estar sempre limpo de fluidos negativos e onde conservamos os pontos riscados destas mesmas forças ou ordens superiores dos Orixás, mesmo porque certos preceitos são procedidos nele para movimentação e renovação permanente do Axé - força mantenedora da corrente mediúnica.
Tudo isto objetivando "facilitarmos" a descida vibratória dos Guias espirituais e haver o intercâmbio em uma egrégora elevada, propiciatória para a ligação fluídica com os médiuns.
Assim, é de obrigação de todos tirar o calçado, visto este objeto ser "anti-higiênico", pois se pisa com ele em tudo, às vezes em detritos e putrefações, ainda por estarmos em ligação com certas encruzilhadas de rua que passamos, sabendo-se que estes locais são escoadouro natural das vibrações negativas, densas e altamente materializadas.