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domingo, 26 de fevereiro de 2012

O QUE SIGNIFICA ARUANDA?

Aruanda é o nome dado pela Umbanda a uma cidade de luz elétrica que orbitaria a ionosfera do planeta Terra, em uma dimensão espiritual de transição.
Apesar da farta literatura, a Umbanda não é considerada uma religião codificada. Por esse motivo, o termo Aruanda pode possuir diversos significados, dependendo da tenda, barracão ou centro espiritualista no qual seja mencionado. É, inclusive, utilizado por outras religiões espiritualistas tais como Quimbanda e Candomblé, em referência genérica a “plano espiritual”.
Para a Umbanda tradicional (fundada em 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas), os habitantes de Aruanda são espíritos trabalhadores do bem e da caridade, sejam recém desencarnados em aprendizagem, sejam espíritos de luz que há muito não retornam à esfera física pela reencarnação. Estes guias espirituais, apesar de sua evolução espiritual, permanecem na dimensão vibratória de Aruanda para continuar auxiliando encarnados e desencarnados, se manifestando na Terra sob a roupagem fluídica (em tipologia espiritual) de pretos velhos, caboclos e crianças. Suas verdadeiras formas, no entanto, transcendem raça, credo ou etnia, sendo possível sua manifestação em qualquer congregação que pratique o binômio amor-caridade e que admita a comunicação espiritual.
Para o Espiritismo (codificado por Allan Kardec), Aruanda seria a denominação de uma colônia espiritual, assemelhada à colônia Nosso Lar, descrita no livro Nosso Lar, de André Luiz (espírito), psicografado pelo médium Chico Xavier. Em Aruanda, porém, estariam presentes elementos magísticos da cultura africana, em sincretismo com simbolismos da cultura judaico-cristã.

O QUE É EGUM E QUIUMBA?

O termo Egum é uma palavra da língua yoruba usada no Candomblé que significa alma ou espírito de qualquer pessoa falecida iniciada ou não.
Eguns nada mais são do que os espíritos que já desencarnaram e Quiumbas quer dizer exatamente a mesma coisa.
Apenas se dá entre eles uma diferença de evolução.
Senão vejamos: Eguns, são todos os que desencarnaram, tiveram vida humana, em contraposição aos Orixás que são forças da natureza.
Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, e Exus (entidade de Umbanda), são Eguns.
Obs: Quando digo que Exus (entidades de Umbanda) são Eguns, é por que no Candomblé, Exu é Orixá, divindade. É o Orixá intermediário entre os demais Orixás e os homens. Quiumbas são Eguns ainda muito atrasados na escala de evolução espiritual, são considerados negativos e que por vezes, se fazem passar por outras entidades, normalmente por Exus, criando no leigo, um ponto de vista muito negativo em relação a estas entidades, os Exus, por eles mistificados.
É sabido que o termo evolução é extremamente relativo, e dentro de uma mesma qualidade de entidades, poderá variar muito o grau de evolução entre cada um deles.
O que quero dizer é que entre os Caboclos, assim como entre os Pretos-Velhos e outras entidades, sempre haverá um que esteja um pouco acima, e um outro um pouco abaixo na escala de evolução espiritual.
O certo, no entanto, é que estas entidades, Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Exus e algumas outras, já chegaram a um nível de evolução tal, que os permitem diferenciar o certo do errado e procurarem humildemente ajuda e colaboração das entidades de níveis mais altos, no sentido de auxiliar aos filhos que os procuram, nos momentos em que seus conhecimentos, permissão ou capacidade de trabalho são impotentes para a ajuda.
Normalmente se ouve:
- Você está com o encosto de um Egum muito perigoso!
- Você precisa fazer uma obrigação para despachar este Egum que está complicando sua vida!
Isso realmente pode acontecer, pois como já dissemos, Egum é todo espírito desencarnado.
E pode acontecer que por ainda estar num momento de evolução espiritual ainda atrasada, esteja sendo usado para feitiços ou malefícios e até mesmo por ignorância sobre sua atual condição de desencarnado (egum).
Por vezes, em virtude de desencarnes violentos ou inesperados, o espírito não se apercebe ou não aceita sua nova condição fluídica e sente-se como um de nós, ainda encarnados, sendo assim ele mantém-se muito próximo, principalmente de seus entes queridos quando em vida, tumultuando suas vidas, em virtude da diferença de vibração de suas energias.
Este Egum, precisa certamente ser esclarecido e afastado.
Várias doutrinas se ocupam deste mister de maneiras diferentes, comprovando que é necessário que os níveis de vida, encarnada e desencarnada, mantenham suas independências.
Nota-se a diferença então entre os Eguns, Entidades e Quiumbas.
Na realidade Egum é a qualificação de todo e qualquer espírito desencarnado.
O seu nível de evolução é que o especificará!
Quando nos referimos aos espíritos vampirizadores, aos incitadores ao vício ou àqueles que se aproximam de nós sempre para o mal, os quais são comprados por quem tem a alma maculada pela maldade, para nos impor males ou feitiços, esses serão certamente os Quiumbas, mas numa generalização muito comum, sempre nos referimos a eles como Eguns.
Pela vaidade e as vezes pela ignorância, muitos não admitem que possam estar sendo mediunizados por um Egum, qual seja, um Caboclo, um Preto-Velho ou mesmo um Exu, para um trabalho de caridade.
Desmistifiquemos então o conceito de Egum e tentemos de todas as maneiras, pela caridade, pela fé, pela oração e pelo trabalho espiritual, elevarmos cada vez mais nossos Eguns de fé para que, pelo trabalho deles, possam ser cada vez mais, atraídos para os caminhos de luz, aqueles Eguns, os Quiumbas, que ainda se encontram nos lamaçais da espiritualidade.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO A OXALÁ

Oxalá! Divina manifestação do Bem,
Senhor da perfeita Sabedoria e do Bendito Amor,
Ó ! Vós que recebei o poder do supremo Doador
para tudo e todos.
Protegei-nos das ciladas ilusórias do mundo enganador,
Despertai-nos para a realidade da vida imortal,
Sois a imaculada irradiação do Altíssimo,
Vosso nome é só mavioso e compassivo,
que nos guia; com ternura e esperança,
para a Aruanda – Cidade de Luz.
Ai de nós empedernidos, na mais grosseira materialidade,
Afogados em sentimentos inferiores,
Rogamos contritos pela salvação da nossa consciência.
Junto a Vós, trilharemos por caminhos iluminados,
Porque sois a divina pureza, acolhedora e misericordiosa.
Santo Nome, envolvei-nos em sentimentos fraternos
de real amor, a fim de chegarmos até Vós,
Oxalá ! Tende pena de nós, tende compaixão…
Quem assim seja...
Oxalá meu Pai!!!

OXALÁ

Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome acabou popularizando-se OXALÁ.
Oxalá não tem mais poderes que os outros orixás, nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante.
Oxalá é o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores.
Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.
Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai.
O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.
Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá.
Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional.
Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.
Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações.
A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me".
A imagem de Jesus Cristo é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse.
Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO A XANGÔ

Poderoso Orixá de Umbanda,
Pai, companheiro e guia.
Senhor do equilíbrio e da justiça.
Auxiliar da Lei do Carma,
Só tu, tens o direito de acompanhar pela eternidade,
Todas as causas, todas as defesas, acusações e eleições,
Promanadas das ações desordenadas, ou dos atos impuros e benfazejos que praticamos.
Senhor de todos os maciços e cordilheiras,
Símbolo e sede da tua atuação planetária no físico e astral.
Soberano Senhor do Equilíbrio, da equidade,
Velai pela inteireza do nosso caráter.
Ajude-nos com sua prudência.
Defenda-nos das nossas perversões,
Ingratidões, antipatias, falsidades,
Incontenção da palavra e julgamento indevido dos atos
Dos nossos irmãos em humanidade.
Só Tu és o grande Julgador.
Kaô Cabecilê Xangô.

XANGÔ, O REI DA JUSTIÇA

Xangô era rei de Oió, o mais temido e respeitado de todos os reis. Mesmo assim, um dia seu reino foi atacado por uma grande quantidade de guerreiros que invadiram a cidade violentamente, destruindo tudo e matando soldados e moradores numa tremenda fúria assassina. Xangô reagiu e lutou bravamente durante semanas. Um dia, porém, percebeu que a guerra tornara-se um caminho sem volta. Já havia perdido muitos soldados e a única saída seria entregar sua coroa aos inimigos. Resolveu então procurar por Orunmilá e pedir-lhe um conselho para evitar a derrota quase certa. O adivinho mandou que ele subisse uma pedreira e lá aguardasse, pois receberia do céu a iluminação do que deveria ser feito. Xangô subiu e quando estava no ponto mais alto do terreno foi tomado de extrema fúria. Pegando seu oxê, machado de duas lâminas, começou a quebrar as pedras com grande violência. Estas ao serem quebradas, lançavam raios tão fortes que em instantes transformaram-se em enormes línguas de fogo que, espalhando-se pela cidade, mataram uma grande quantidade de guerreiros inimigos. Os que restaram, apavorados, procuraram os soldados de Xangô e renderam-se imediatamente pedindo clemência. Levados até ao rei, os presos elegeram um emissário para servir-lhes de porta voz. O homem escolhido foi logo se atirando aos pés de Xangô. Desculpou-se pedindo perdão. Humilhando-se, explicou que lutavam, não por vontade própria, e sim forçados por um monarca, vizinho de Oió, que tinha um grande ódio de Xangô e os martirizava impiedosamente. Xangô, altamente perspicaz, enxergou nos olhos do guerreiro que ele falava a verdade e perdoou a todos, aceitando-os como súditos de seu reino. Assim tornou-se conhecido como o orixá justiceiro que perdoa quando defrontado com a verdade, mas que queima com seus raios os mentirosos e delinqüentes.

O QUE É PERISPÍRITO?

Perispírito é o nome dado por Allan Kardec ao elo de ligação entre o Espírito e o corpo físico. Quando o Espírito está desencarnado, é o perispírito que lhe serve como meio de manifestação. É o que o Apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual (I Coríntios, XV,44).
Do que é feito?
Havendo no universo três elementos básicos: Deus, Espírito e Matéria, a Doutrina Espírita denomina de Fluido Universal a matéria elementar que serve para a criação de todas as outras. Tanto a matéria que conhecemos na Terra (pedra, ar, água, nossos corpos e tudo o que existe), quanto a matéria do Plano Espiritual (que forma as cidades, colônias, o perispírito, o fluido que emitimos pelo passe) são feitos de Fluido Universal. Essa única matéria básica transforma-se em todas as outras conforme atua nela o pensamento divino ou dos próprios Espíritos.
Um exemplo para compreendermos essas transformações é o fato de um único elemento químico, o carbono, transformar-se em diamante ou carvão, que são duas coisas completamente diferentes, apenas alterando-se as ligações moleculares entre os átomos de carbono.
Assim, o perispírito é feito de uma das transformações do Fluido Universal que existe em torno do planeta onde o Espírito deve encarnar.
Para que serve?
Quando o Espírito está encarnado, o perispírito serve como elo de ligação entre o Espírito e o corpo. Desencarnado, o perispírito faz o papel de corpo com o qual o Espírito se manifesta.
Em qualquer caso, é através do perispírito que o Espírito, ser imaterial, recebe as sensações do ambiente ou nele atua.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O QUE É ESPÍRITO?

A palavra ESPÍRITO tem sua raiz etimológica do Latim “spiritus”, significando “respiração” ou “sopro”, mas também pode estar se referindo a “alma”, “coragem”e “vigor”.
Espírito é definido pelo conjunto total das faculdades intelectuais. Ele é frequentemente considerado como um princípio ou essência da vida incorpórea (religião e tradição espiritualista da filosofia), mais também como um princípio material (conjunto de leis da física que geram nosso sistema nervoso).
Segundo a doutrina espírita, o espírito é a individualização do princípio inteligente do Universo. Quando encarnado, ou seja, vestido de um corpo humano, é chamado de alma, nesta situação alma e espírito são as mesmas coisas. A reencarnação, segundo o espiritismo, é o processo de auto aperfeiçoamento por que passam todos os espíritos. Para os espíritas, o estado natural do espírito seria o de liberdade em relação à matéria, ou seja, a condição de desencarnado.
Nesta situação, o espírito mantém a sua personalidade e suas características individuais. Também segundo a doutrina espírita, a interação do espírito com o cérebro se dá através do perispírito. Este conecta a vontade que nasce no espírito com o estímulo que direciona o cérebro.
Em psicologia, o espírito designa a atitude mental dominante de uma pessoa ou de um grupo, que motiva-o a fazer ou a dizer coisas de um determinado modo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O QUE É A UMBANDA?

UMBANDA, é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretizava vários elementos inclusive de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo e as religiões afro-brasileiras. A palavra UMBANDA deriva de m'banda, que em quimbundo significa “sacerdote” ou “curandeiro”.
As raízes da Umbanda são difusas. Segundo os umbandistas, ela foi criada em 1908 pelo Médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Antes disso, já havia, de fato, o trabalho de guias (pretos velhos, caboclos, crianças), assim como religiões ou simples manifestações religiosas espontâneas cujos rituais envolviam incorporações e o louvor aos Orixás. Entretanto, foi através de Zélio que organizou-se uma religião com rituais e contornos bem definidos à qual deu-se o nome de UMBANDA.
Nesta época, não havia liberdade religiosa. Todas as religiões que apontavam semelhanças com rituais afros eram perseguidas, os terreiros destruídos e os praticantes presos.
Em 1945, José Alvares Pessoa, dirigente de uma das sete casas de Umbanda fundadas inicialmente pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, obteve junto ao Congresso Nacional a legalização da prática da Umbanda.
A partir daí, muitas tendas cujos rituais não seguiam o recomendado pelo fundador da religião, passaram a dizer-se umbandistas, de forma a fugir da perseguição policial. Foi aí qua a religião começou a perder seus contornos bem definidos e a misturar-se com outros tipos de manifestações religiosas. De tal forma que hoje a Umbanda genuína é praticada em pouquíssimas casas.
Hoje, existem diversas ramificações onde podemos encontrar influências que utilizam a palavra Umbanda, como as indígenas (Umbanda de Caboclo), as africanas (Umbandomblé, Umbanda traçada) e diversas outras de cunho esotérico (Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática). Existe também a Umbanda Popular, onde encontraremos um pouco de cada ancestralidade, onde o sincretismo (associação de santos católicos aos orixás africanos) é muito comum.

ORAÇÃO A NANÃ

Oh! Mãe dos mananciais. Senhora da renovação da vida. Mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas. Mãe da sabedoria.
Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a tua luz neutralize todas as forças negativas à minha volta. Daí-me à tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da paz, do amor e da prosperidade.
SALVE NANÃ BURUQUÊ!
SALÚBA NANÃ!

HISTÓRIA DE NANÃ

Na Umbanda, ela não costuma ser considerada chefe de falange, sendo sua figura arquétipa muitas vezes associada à Omulu e
outras vezes aos domínios de Iemanjá.  Nanã é descrita como uma velha senhora que teria rejeitado seu filho Omulu mas este filho
foi adotado pela amorosa Iemanjá.
O sincretismo de Nanã com Sant'Ana, avó maternal de Jesus, e padroeira dos professores, reforça a impressão de que ela é
muito antiga e que sua chegada ao Brasil foi anterior a dos Iorubas.
Nanã é dona da lama do fundo dos rios, lama com qual foram modelados os homens.  Rege nos pântanos.  Tem também
relações com a morte. 
Este orixá vem de épocas tão distantes, que nenhuma pesquisa foi capaz de identificar suas origens.  Seu culto se espalhou,
através dos tempos, de Leste a Oeste.  Nanã é um termo que expressa deferência por qualquer pessoa idosa e significa "Mãe" em
diversos dialetos africanos.
Na Umbanda, Nanã vem incorporada de forma calma, curvada e com movimentos circulares nas mãos, muito associada também
aos Pretos-Velhos.
Nanã desconhece o ferro e outros metais por tratar-se de um Orixá da Pré-história.  O termo NANÃ significa raiz, aquela que se
encontra no centro da terra.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO A OGUM


Eu andarei vestido e armado com as armas de OGUM para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso OGUM, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Que assim seja, amém.

OGUM

Ele é o Senhor da guerra, indomável e imbatível defensor da lei e da ordem, defende os fracos e os que estão em demanda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens o trabalho com ferro e aço. Seus instrumentos, além da espada são: alavanca, machado, pá, enxada, faca, etc. Com os quais ajudou os homens a dominar à natureza e a transformá-la.
No sincretismo Ogum é associado a São Jorge, 23 de Abril.
Como está sempre ligado ao poder e a força, este Orixá não gosta de ter suas ordens desobedecidas. Quando não é atendido fica irado e perde a razão e castiga àqueles que o desobedeceram, arrependendo-se depois.
A cor de Ogum é o vermelho, sua bebida é a cerveja branca, seu dia da semana é a terça-feira. 
Este Orixá foi casado com Iansã, a Orixá dos ventos, que fugiu com Xangô. Também foi casado com Oxum, a Orixá da água doce, que abandonou Ogum para se casar com Oxossi, o Orixá das matas.
Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exu, seu irmão e rei das encruzilhadas e dos cemitérios.
Conta uma lenda que ao chegar a uma aldeia Ogum ficou furioso. Ele falava com as pessoas, mas ninguém o respondia. Isto aconteceu sucessivas vezes, e sempre que se dirigia a um morador da aldeia só tinha silêncio. Ele achou que as pessoas da aldeia estavam zombando dele e num ato de fúria usou seu poder e matou a todos que ele pensava estarem o humilhando.
Um dia ao passar por outra aldeia ele contou a um ancião o ocorrido e este lhe disse que na aldeia por onde Ogum passara as pessoas, naquela época do ano, faziam um voto de silêncio por alguns dias.
Ao saber disso ele ficou enfurecido consigo e envergonhado, jurou proteger os mais fracos e todos aqueles que estivessem sofrendo injustiças, discriminações e qualquer tipo de perseguição injusta.
Ogunhê meu pai!!!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO A OXUM


Aieiê Mamãe Oxum.
Salve dourada Senhora da pele de ouro.
Bandita são suas águas, e essas mesmas
Águas lavam o meu ser, e me livram do mal
Oxum, divina Rainha, bela Orixá
Venha a mim caminhando na lua cheia
Traga mãe, em suas mãos
Os lírios do amor e da paz
Torne-me, doce, sedutora, suave, como és
Mamãe Oxum, me proteja
Que o amor seja constante em minha vida
Que eu possa amar a tudo que existe
Me proteja contra as mandingas e feitiçarias
Dê a mim, o néctar da sua doçura
E que eu consiga (faça o pedido)
Mãe de ouro, da beleza e do amor
Senhora do mais puro Axé
Valha me hoje e sempre
Que assim seja!!!

OXUM, RAINHA DAS CACHOEIRAS


Nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em Ijexá. É ele considerado a morada mística da Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão "Mamãe Oxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem engana, com Xangô, com Ogum, de quem sofria maus tratos e Xangô a salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada unanimente como uma das esposas de Xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), da riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
À Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de  gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurece. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira. 
É o orixá do amor, Oxum é doce e sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida, e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho.
Aieiê Mamãe Oxum!!!!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO A IEMANJÁ


 
Minha protetora Iemanjá.
Enfermeira dos que sofrem,consoladora dos aflitos, conselheira dos angustiados.
Mãe de todos.
Agradeço de tantas graças que nos concedes.
Indigno-me de tua áurea luminosa.
E rendo-te minha homenagem, rainha das águas.
Que distribui caridade e amor, entre todos os seus filhos.
Eu te agradeço senhora Mãe Iemanjá, por me atender nas horas que recorro a teus poderes divinos, graças te dou Iemanjá.
Pelas tuas radiações milagrosas, agradeço, dizendo, obrigado por tua proteção constante que tens proporcionado por nossos irmãos que sofrem.
Curvo-me diante de ti e rogo-lhe, continue dando proteção a teus devotos.
Que dedicam amor profundo.
Que tua áurea bendita continue protegendo e vibrando bondade.
De paz e saúde aqueles que se ajoelham suplicando aos seus pés.
Dai-nos a tua proteção pura e conforto da alma.
Suplico nesta oração porque creio em teu poder imenso assim seja.
Odoiá minha Mãe Iemanjá.

IEMANJÁ, NOSSA MÃE


Sincretizada a Nossa Senhora da Conceição, Iemanjá é a mãe de todos os Orixás, segundo as lendas oriundas do Candomblé. Sua cor é o azul claro, e seus domínios são as águas de todos os lugares, porém, sua atuação maior é sobre os mares e oceanos.  Protetora dos marinheiros, dos pescadores, das viagens por mar e sobre toda a flora e fauna marinhas.
Sua atuação na Umbanda normalmente  é  sobre  as mulheres  casadas, embora  isso  não  seja   uma   regra,  e principalmente sobre a maternidade.
Os oceanos, as praias, os rios, os lagos e as cachoeiras, são domínios de Iemanjá. A força vibratória das águas ou desses locais tem a função de devolver trabalhos ou vibrações de qualquer natureza. O mar sempre devolverá tudo o que for nele jogado ou vibrado. Nas  obrigações à Iemanjá, é comum serem usados pentes, perfumes, maquiagens, espelhos, etc, enfim, coisas ou objetos que normalmente as mulheres usam. Se alguém quer fazer obrigações à Iemanjá, deve usar ROSAS BRANCAS (só as pétalas da flor, sem galhos e espinhos) e perfume, se possível de ALFAZEMA. Iemanjá não aceita flores que não sejam brancas.
Se quiser fazer obrigações a Iemanjá, leve flores, perfume, uma vela, e o mais importante: ORAÇÃO E MUITA FÉ.
 Na beira da praia faça seu pedido. Os espíritos trabalhadores na linha de Iemanjá vão ouví-lo(a) e atendê-lo(a) em  seu pedido, o mar  por sua característica vibratória, devolve rapidamente tudo que nele é atirado.
Os resultados, porém, são rápidos e seguros. Isso indica que a Iemanjá podemos pedir ajuda em problemas de urgente retorno, como exemplo, as doenças. Faça seu pedido, ela ouvirá e atenderá.
Alguns ignorantes e incautos vão às praias e lá vibram ou afirmam pontos malignos. Como o mar, que por sua natureza vibratória devolve tudo que nele é jogado, o incauto receberá de volta rapidamente tudo aquilo que pediu e vibrou.
Iemanjá é a mãe de todos os Orixás e também é sua mãe, respeite-a sempre.
Iemanjá é  um  dos  Orixás  mais   cultuados   e respeitados  na Umbanda. Ela está representada na figura da mãe que acompanha o ser humano por toda a vida. É muito evocada nos templos de Umbanda através das sereias e outras ondinas para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO AO CABOCLO PENA BRANCA

Querido e amado Pena Branca, Espírito de luz e amor, tirai dos meus caminhos aqueles que só pensam em fazer o mal. Tornai-me mais forte para resistir as tentações do mundo. Fazei-me mais dócil e mais consciente da gravidade da doutrina que me foi confiada. Não deixei que me ligue as coisas materiais, pois elas não me levaram a nada. Querido Pena Branca, olhai também pela minha família e por todos aqueles que sofrem em busca de amor, de compreensão e de carinho, para que eles encontrem em Vós a paz que tanto procuram. Assim Seja
Okê Caboclo!

A HISTÓRIA DO CABOCLO PENA BRANCA


Nasceu em aproximadamente 1425, na região central do Brasil, hoje, entre Brasília e Goiás, onde seu pai era o Cacique da tribo.
Era o filho mais velho de seus pais e desde cedo se mostrou com um diferencial entre os outros índios da mesma tribo, era de uma extraordinária inteligência.
Na época não havia o costume de fazer intercâmbios e trocas de alimentos entre tribos, apenas algumas faziam isto, pois havia uma cultura de subsistência, mas o Cacique Pena Branca foi um dos primeiros a incentivar a melhora de condições das tribos, e por isso assumiu a tarefa de fazer intercâmbios com outras tribos, entre elas a Jê ou Tapuia, e Nuaruaque ou Caríba.
Quando fazia uma de suas peregrinações ele conheceu na região do nordeste brasileiro (hoje Bahia), uma índia que viria a ser a sua mulher, chamava-se “Flor da Manhã” a qual foi sempre o seu apoio.
Como cacique, foi respeitado pela sua tribo de tupis, assim como por todas as outras tribos e continuou, apesar disso, seu trabalho de itinerante por todo o Brasil na tentativa de fortalecer e unir a cultura indígena.
Certo dia Pena Branca estava em cima de um monte na região da atual Bahia, e foi o primeiro a avistar a chegada dos portugueses nas suas naus, com grandes cruzes vermelhas no leme.
Esteve presente na primeira missa realizada no Brasil pelos Jesuítas, na figura de Frei Henrique de Coimbra.
Desde então procurou ser o porta-voz entre índios e os portugueses, sendo precavido pela desconfiança das intenções daqueles homens brancos que ofereciam objetos, como espelhos e pentes, para agradá-los.
Aprendeu rapidamente o português e a cultura cristã com os jesuítas.
Teve grande contato com os corsários franceses que conseguiram penetrar (sem o conhecimento dos portugueses) na costa brasileira – muito antes das grandes invasões de 1555 – aprendeu também a falar o francês.
Os escambos, comércio de pau-brasil entre índios e portugueses, eram vistos com reservas por Pena Branca, pois ali começaram as épocas de escravidão indígena e a intenção de Pena Branca sempre foi a de progredir culturalmente com a chegada desses novos povos, aos quais ele chamava de amigos.
Morre com 104 anos de idade, em 1529, o Cacique Pena Branca, deixando grande saudade em todos os índios do Brasil, sendo reconhecido na espiritualidade como servidor na assistência aos índios brasileiros, junto com outros espíritos, como o Cacique Cobra Coral.
Apesar de não ter conhecido o Padre José de Anchieta em vida, já que este chegou ao Brasil em meados de 1554, Pena Branca foi um dos espíritos que ajudou este abnegado jesuíta no seu desligamento desencarnatório.
Responsável pela proteção da casa de investidas de espíritos das trevas, pela reposição fluídica do NEC, comandando equipes socorristas e agindo nas atividades de passes.
Desde a fundação do NEC, o caboclo Pena Branca foi designado por Dr. Romano para assumir essas tarefas, pelo domínio e conhecimento profundos que ele tem sobre manipulação fluídica e sobre os recursos da natureza, sendo grande colaborador de trabalhos de cura.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

PRECE AOS PRETO VELHOS

Meus benditos Pretos e Pretas Velhas. Meus Santos, Guias e Espíritos Protetores. Mestres divinos da Linha das Almas... Abençoai essa casa e meus passos. Aplacai as forças dos nossos inimigos. Meus queridos Pretos Velhos, que a sua candura e bondade recaia sobre nos como o véu do divino amor. Meus Pretos Velhos, dai-nos a fé, a esperança e a felicidade.
Eu adorei as Almas.
Saravá meus Pretos Velhos

A COR DA VELA DE CADA ORIXÁ

Muitos podem achar que é repetitivo escrever a cor das velas de cada ORIXÁ, mas podem acreditar meus amigos, eu só fiz esse blog, por saber que tem muitas pessoas dentro da Umbanda que ainda não sabem o básico.

ORIXÁ                                            VELA

Yemanjá                                          azul
Ogum                                              vermelha
Nanã                                               roxa
Xangô                                              marrom
Iansã                                               rosa
Oxum                                              amarela
Caboclo                                           verde
Preto Velho                                     branca
Boiadeiros                                       laranja
Baianos                                           vermelha
Crianças (Erês)                             branca
Exu e PombaGiras                         preta e vermelha
Oxalá                                            branca

A VIDA DE PAI JACÓ, SARAVÁ OS PRETO VELHO

Pai Jacó nasceu na Africa em Guiné no ano de 1764, aos 7 anos de idade veio ao Brasil como escravo, foi comprado por um fazendeiro, da região norte de Minas Gerais. O fazendeiro era um homem de coração duro, rústico, que nunca chorava nem por sua própria dor nem pela dos seus semelhantes.
Jacó era chamado assim desde de criança, não sabendo se realmente fora batizado com esse nome, depois de velho passaram a chamar-lhe de Pai Jacó.
Sempre fora um homem muito humilde, resignado e trabalhador, por esse motivo gozava da confiança de seu patrão, a quem sempre procurava servir com a melhor boa vontade e satisfação.
Para festejar na véspera de Natal era de costume de seu Senhor convidar para o banquete, todos os fazendeiros da região para passarem a noite em sua fazenda, onde fazia uma grande fogueira, com muita dança até o amanhecer.
No dia 22 o seu senhor já havia comprado, perus, patos, galinhas e leitões para a festa do dia 24 de dezembro, e colocou Pai Jacó para tomar conta dos animais para que eles não fugissem. Mas na manhã seguinte o fazendeiro percebeu que alguns animais fugiram por um buraco feito no cercado de taquara.
Indgnado com o que aconteceu e sem piedade, mandou prender Pai Jacó em um lugar sem luz e sem água, depois de recriminá-lo asperamente e ordenou ainda que nenhum alimento, nem água fosse lhe dado.
Na manhã do dia 24, apareceram no terreiro, não se sabe como, todas as aves e leitões que haviam sumido.
Na madrugada desse dia, Pai Jacó na sua prisão, ajoelhou-se e numa prece, feita entre lágrimas, pedia a Jesus que o seu amo não o culpasse pelo sumiço dos animais, pois não era sua culpa, e orando também por ele, para que recebesse do céu a luz que precisava; que a ele concedesse a resignação e humildade que necessitava, para suportar a sua ira e a fome, porque estava passando e não sabia quantos dias continuaria assim, sem uma gota de água na sua prisão.
Ao terminar a sua prece, viu clarear repentinamente a prisão, ao abrir-se o teto viu aparecer um anjo, que lhe parecia o menino Jesus, trazendo, sorridente em uma das mãos, um pão muito alvo, e na outra um copo com vinho, dizendo-lhe com voz angelical: Pai Jacó, trago-lhe, meu amigo, esse vinho e esse pão. Jacó estupefato, ajoelhou-se novamente, chorando de alegria e fitando aquele menino, que pairava no espaço, a pequena altura, envolto em muita luz.
O escravo comeu o pão e viu que saiam chispas de luz do mesmo, cada vez que levava aos lábios; depois bebeu o vinho e o menino Jesus sempre de fisionomia sorridente, abençoou com as suas mãozinhas rosadas e desapareceu, fechando novamente o teto e voltando a escuridão em que se achava.
Mas durou pouco tempo essa escuridão, pois notou que pelas frestas da tosca e pesada porta, partiam raios luminosos que ele admirava; sem saber explicar o que era, ajoelhou-se novamente e em uma outra prece cheia de gratidão, agradeceu a Deus a sua misericórdia.
Quando terminou de orar, ouviu rumores de fora e vozes que se aproximavam; abriu-se a porta e apareceu o seu senhor, seguido do feitor e de outros escravos, e lhe disse:
- Pode sair Jacó. E ordenou a um dos escravos que lhe fosse dado alimento.
- Não preciso comer, meu senhor, ninguém abriu até agora esta porta, respondeu-lhe ele.
- Como então não tem fome?
- Por que na madrugada do dia 24, creio que era madrugada, eu fiz uma oração a Deus, e abrindo esse teto apareceu o Menino Jesus, que veio cheio de luz com pão e um copo de vinho e deu-me. Comi o pão do qual saia uma espécie de fogo, e bebi o vinho que era saboroso.
Depois o menino Jesus subiu lentamente e desapareceu, fechando assim o teto da minha prisão. Por muitos dias meu senhor não precisarei me alimentar.
O meu senhor, continuou Jacó, que ouvia como que petrificado a minha narrativa singela e verdadeira, ficou olhando-me admirado e pelas suas faces corriam grossas lágrimas que ele vertia pela primeira vez na sua vida, pois nunca havia chorado. Chorava sim, pela primeira vez aquele coração endurecido, que não havia dor que o abatesse.
Dai por diante o meu senhor mudou completamente, tratava bem os escravos e, portanto, a mim também, inteiramente regenerado, dando-me a liberdade quando já doente e sem forças para trabalhar. Pouco tempo entretanto durou a minha liberdade terrena, porque parti em busca de uma liberdade muito mais ampla, onde me acho graças a caridade do Nosso Pai.
Oh! como sou feliz! Como bendigo os sofrimentos porque passei na Terra!
Quanto maiores são os sofrimentos que não buscamos pelas nossas maldades, maiores são também as dádivas do Céu!
Felizes dos que sofrem com resignação e humildade, porque sem essa resignação e humildade, teremos de recomeçar na presente ou em nova existência, as nossas tarefas de resgate.
Devendo o meu progresso espiritual a minha condição humilde de escravo, e não de branco e grande médico na Espanha, prefiro que me chamem de Pai Jacó e não Antonino Silas; e sinto-me bem quando posso falar na minha meia língua de africano, no meio de íntimos, na Terra.
Morreu com 83 anos próximo a Minas Gerais no ano de 1847.

Responsável pela limpeza espiritual de fluídos deletérios, é um precioso socorrista no resgate de espíritos obsessores agindo na desarticulação de determinados trabalhos oriundos de segmentos religiosos afrobrasileiros.
Desde a fundação do NEC, Pai Jacó foi designado por doutor Romano para assumir essas tarefas, pelo grande sentimento de caridade que traz consigo, bem como antigos conhecimentos que traz de outras vidas de manipulação de fluidos. Atua também como médico na condição de médico espanhol Dr. Antonino Silas, ou Ansilas.